Já foi
comentado que a Intruder 125 a partir de 2007 perdeu potência em seu motor, em
função das exigências do PROMOT3 (assunto que receberá um post próprio a
seguir), passando de 12,5 cv para 11 cv.
Como eu
procurei desfazer tudo o que a Suzuki fez para tentar recuperar a potência
original da Intruder, e agora ela estava ‘afinada’ como o primeiro violino da orquestra,
restou-me tirar a prova dos nove: Teria ela aumentado a potência do motor?
Antes de
partir para a matemática, vou relembrar o que mudei na moto, basicamente:
-removi o
sistema antipoluição (duvidoso) PAIR;
- troquei
do carburador Mikuni BS25 pelo Mikuni VM22 (velha guarda);
- alterei
do formato da tampa do filtro de ar para melhor admissão;
- regulei a
mistura ar x combustível.
Haja vista
que o motor do bloco para frente permaneceu o mesmo, então vamos ao cálculo.
Aqui houve
um complicador: a equação geral para cálculo de potência (expressa em cavalos
(cv) ou horse power (HP) é a
seguinte:
T
(torque) x V (Velocidade do motor)/ 5252 (radianos por segundo)
Esses
dados em geral são obtidos no manual do veículo ou junto ao fabricante. Como eu
queria saber exatamente se os valores atuais eram diferentes dos de fábrica,
essa equação não poderia funcionar.
Outra equação clássica de Potência é:
Outra equação clássica de Potência é:
P (Potência)= T (trabalho)/ t (Tempo)
O problema é que a quantidade de variáveis nessa equação é limitada, e seu resultado não se encaixa no que seria razoável para o resultado estimado.
Foi então que li sobre James Watt, inventor da máquina a vapor, que estabeleceu o termo “Cavalo-Vapor” (Horse Power) para ilustrar a grandeza de Potência que ele cunhou. Assim, 1 cv (equivalente a 1,014 HP) correspondia ao seguinte:
Foi então que li sobre James Watt, inventor da máquina a vapor, que estabeleceu o termo “Cavalo-Vapor” (Horse Power) para ilustrar a grandeza de Potência que ele cunhou. Assim, 1 cv (equivalente a 1,014 HP) correspondia ao seguinte:
O esforço de
uma máquina para elevar 75kg a 1m de altura por um 1 segundo, ou:
75kg
x 1m/1 s.
Essa
relação de grandezas me fez raciocinar: eu poderia usar o mesmo cálculo de
Watts não para levantar um objeto, mas para percorrer um determinado
trajeto, o que, afinal de contas, é esforço mecânico, ou trabalho.
Foi então que encontrei esta equação para cálculo de potência, um tanto semelhante ao conceito de Watt:
Foi então que encontrei esta equação para cálculo de potência, um tanto semelhante ao conceito de Watt:
Potência=massa x 9,81(constante gravitacional) x altura/ tempo
Como já comentado, o vetor da força não se dá para o alto, mas para frente. Ainda assim, uma moto em movimento está sujeita à constante gravitacional, então decidi tentá-la:
P= 179kg x 9,81 x 1000m/53segundos
P= 33131,88 Watts (W)
Onde:
179kg= o meu peso e o peso da moto.
1000m= a distância mínima que pude mensurar na moto (odômetro).
53s= o tempo gasto para percorrer essa distância.
Convertendo o valor em Watts para Cavalo Vapor (CV):
P=33131,88/746
P=44,41CV
Obviamente, este valor não condiz com os cavalos usuais de um motor 125cc. Na verdade, ele mostra apenas a potência nominal para deslocar aquele peso no espaço/tempo, em termos físicos.
O cálculo da potência do motor envolve variáveis relacionadas ao próprio motor que entram na equação, e é mais complexa, ficando para postagens futuras.
Percorri os 1.000 metros em uma pista meio em aclive, meio em declive suaves, dado a ausência de pista plana adequada para este tipo de teste. Assim, pode-se considerar que a moto fez um esforço médio de uma pista plana.
De qualquer forma, é um cálculo fácil para referência, sendo importante o uso da mesma pista e o mesmo peso, para um resultado mais fiel.
“Tudo o que fazemos, por
menor que seja, apresenta algum resultado que pode fazer a diferença, ainda que
mínima”.
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